Era
uma vez, um jardim, onde à noite, todas as plantas ganhavam vida.
Os gladíolos estavam muito na moda e eram as flores mais colhidas.
Certo dia, nasceu um gladíolo que ficou muito contente, por saber que ia ser
colhido, mas, no dia seguinte, ouviu a dona da casa a dizer ao jardineiro para
não colher mais gladíolos, porque faziam falta ao jardim. Então, o gladíolo
decidiu fazer uma festa para não ficar triste. Ele tinha de pedir primeiro,
autorização ao Rapaz de Bronze, que era o dono do jardim, durante a noite.
O
Rapaz de Bronze autorizou a festa e o Gladíolo convidou todas as flores do
jardim, mas dois dias antes da festa, eles decidiram que, como as pessoas punham
flores nas jarras, eles também tinham que pôr uma pessoa numa jarra. Então,
decidiram que iriam pôr na jarra a Florinda, que era a filha do jardineiro e
tinha sete anos.
Na noite da festa, o Rapaz de Bronze, foi ao quarto da
Florinda e perguntou-lhe se ela queria ir a uma festa. A Florinda, ficou muito
surpreendida por estar a falar com uma estátua, mas aceitou.
Quando chegaram os dois à festa, ela nem queria acreditar no que
estava a ver. Então o Rapaz de Bronze disse-lhe para ela se ir sentar na jarra e
depois começou a contar como é que as flores ganhavam vida.
No dia seguinte, quando
a Florinda foi para a escola, contou tudo às suas amigas, mas elas não
acreditaram e disseram que ela tinha sonhado. Realmente, ela também pensou
nisso e começou a pensar que aquilo tinha sido um sonho.
Passaram muitos anos.
Quando a Florinda já tinha quinze anos, o pai dela, o jardineiro do jardim,
pediu à Florinda para ir levar uns ovos à casa da cozinheira e ela foi. Quando
ela voltava para casa, já de noite, o Rapaz de Bronze apareceu, perguntou-lhe
se ela ainda
se se lembrava dele, da festa e das flores com vida. Ela muito
entusiasmada disse que sim. Deram os dois as mãos e foram pelo jardim fora…